História - Cournil
Bernard COURNIL
résistant, entrepreneur et pionnier
Bernard COURNIL nasceu a 23 de abril de 1908 em Parlan, França. Filho de um ferreiro com quem aprendeu o ofício, a oficina foi transferida em 1928 de Parlan para a vila de Rouget, que estava em pleno desenvolvimento com a chegada do caminho de ferro e a construção da estação ferroviária.
Após ter cumprido o serviço militar, o interesse pela mecânica que vem de longe, leva-o a aprender o ofício, trabalhando em oficinas especializadas em períodos mais ou menos longos ligadas ao setor automóvel um pouco por todo o país, aprendendo os segredos do ofício e tornando-se num oficial qualificado.
Com o rebentar da Segunda Grande Guerra em 1939, não se resigna com a situação, nem admite a derrota e, em conspiração com um grupo de colegas também eles ligados à reparação automóvel, resiste clandestinamente ao invasor alemão, dando assim o seu contributo para o esforço de guerra. À sua maneira resiste ao inimigo e ajuda a provocar a derrota dos nazis.
Em 1942, alugou um celeiro em LA FOMBELLE, onde dá abrigo clandestino a trabalhadores refratários ao trabalho obrigatório imposto pelo regime colaboracionista de Vichy, com um grupo de resistentes cria os maquis (designação dada aos grupos da resistência durante a Segunda Guerra Mundial que, protegidos pelos bosques montanhosos atacavam de surpresas as forças nazis) de la LUZETTE e MENEVIOLLE.
Em 1943, sob o controle do auto comando militar de Londres, cria um campo de aterragem de paraquedistas denominado CHENIER, o qual irá receber por via aérea equipamento e instrutores – agentes sabotadores vindos de LONDRES ou BLIDA (Argélia), naquele que será um dos maiores locais de aterragem de equipamento e agentes lançados em França e o único a não ser descoberto pelos alemães.
Mensagens transmitidas pela BBC de Londres em código como “coruja ao melro branco” ou “é uma cidade em chamas” anunciavam os lançamentos aéreos, que tinham lugar durante a noite.
Por esses atos heroicos, irá receber em 1945 das mãos da Rainha Mãe da Inglaterra a mais alta distinção inglesa, a “The King’s Medal For Courage”. (a família nunca se conformou pela falta de reconhecimento, coragem e serviços por ele prestados à resistência, por parte do estado francês, mesmo que póstuma.)
Terminada a guerra, por ordem do General DE GAULLE foi criada a vila de Rouget. Nas eleições municipais, pela notoriedade reconhecida pela população, Bernard COURNIL foi eleito o seu primeiro presidente de Câmara.
Em 1947, depois de reconhecer as potencialidades dos JEEP como veículos todo o terreno para percorrer as acidentadas pistas e caminhos de montanha, usados pelos aliados em território francês para o esforço de guerra e deixados no país no pós-guerra, decide instalar-se em Aurillac para reparar e renovar estes 4×4, adaptando-os às necessidades dos seus utilizadores.
Aurillac situa-se na cordilheira dos montes Cantal e a sua geografia carateriza-se por caminhos e pistas de mau aceso para agricultores, ganadeiros, indústria da mineração, e produtores florestais. Daí uma adesão imediata por parte daqueles que conseguiram ter acesso a estes veículos, pela sua versatilidade e robustez em terrenos tão difíceis.
(Nota do tradutor).
Entre 1947 a 1959 não para de modificar e melhorar os JEEP e adequá-los às necessidades dos seus utilizadores. Instalando transmissões com relações mais curtas, adaptando os modelos para trabalharem com ferramentas agrícolas (charruas, serras, ceifeiras, gruas, entre outros), corrigindo o que considerava os defeitos dos JEEP pelo seu frágil chassi e principalmente, direção imprecisa, entre uma infinidade de outros pormenores. Inspirado no Unimog (desenvolvido como “ferramenta” versátil para trabalhos no campo), também B. Cournil desenvolve o mesmo critério na sua oficina com os JEEP, num processo contínuo de experimentação.
A adoção de um motor a diesel em finais de 1959 (a gasolina era muito mais cara, os motores diesel mais fiáveis e melhor adequados para uma utilização intensa fora de estrada) foi o grande passo para a criação da marca COURNIL.
Efetuada a homologação pelo departamento de minas responsável por este setor, o primeiro modelo é classificado como “TRACTEUR”, após ensaios com alfaias agrícolas levados a cabo pelo Ministério da Agricultura.
A adoção de um motor a diesel em finais de 1959 (a gasolina era muito mais cara, os motores diesel mais fiáveis e melhor adequados para uma utilização intensa fora de estrada) foi o grande passo para a criação da marca COURNIL.
Efetuada a homologação pelo departamento de minas responsável por este setor, o primeiro modelo é classificado como “TRACTEUR”, após ensaios com alfaias agrícolas levados a cabo pelo Ministério da Agricultura.
No período entre 1960 a 1977 serão produzidas 1087 viaturas, equipadas com tomada de força que acoplavam um variado tipo de alfaias, para além de reboques de um ou dois eixos com engate normal ou do tipo semi-reboque.
Em 1977, após o fracasso de um projeto de industrialização, foram vendidas as licenças e direitos de produção em primeiro lugar à GEVARAM sediada perto de Lyon, empresa francesa que equipava LAND ROVERs com canhões e lançadores de mísseis e, através da Peugeot, à família BATISTA DA SILVA, que vai criar a UMM em PORTUGAL.
Estes dois contratos haviam de gerar um conflito de interesses entre as duas empresas por indefinição dos direitos de construção e venda de veículos para as forças armadas, pois a GEVARM exigia a exclusividade no setor militar para todo o mundo.
Hoje, o filho ALAIN perpetua o trabalho e a memória do pai com a oferta de serviços pós-venda (peças e mecânica) de veículos COURNIL, AUVERLAND e UMM, após a aquisição da UMM FRANCE Company.
IL FOUT PAS LE OUBLIER!
TEXTO DA UTORIA DE ALAIN COURNIL, FILHO DE B. COURNIL, EM EXCLUSIVO PARA O ÓBIDOS OFF ROAD CENTER
TRADUÇÃO LIVRE E REFERÊNCIAS ADICIONAIS DE CARLOS RIBEIRO